É comum encontrar no Curso de Direito, muitos colegas que antes mesmo da reflexão sobre a sua real vocação, procurarem a carreira jurídica em razão de que seus pais já exercem atividades de cunho forense. No meu caso, curiosamente, meu bisavô e avô paterno, tinham relação com o Direito. O primeiro, no início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro, após iniciar a graduação em Direito, sem ter condições de concluir, exerceu sob autorização da classe, a advocacia como rábula1. Já seu filho, meu avô, a partir dos anos de 1930, exerceu a atividade de solicitador2, na mesma cidade e em outras próximas. Ouvia quando criança, que meu bisavô era reconhecidamente um intelectual do Direito, exímio advogado e meu avô, profundo conhecedor de questões de posse, propriedade, direitos de vizinhança em geral, etc.Curioso ainda mais foi quando, anos depois, saber que em que pese os dois terem exercido intensamente atos privados da área profissional da advocacia, não eram advo-gados como hoje se disciplina. Meu primeiro contato com o Direito propriamente dito foi entre os 09 e 10 anos de idade, quando entrava no quarto do meu irmão mais velho, Paulo, já estudante de Direito, e sem que ele soubesse, observava os códigos que meticulosamente eram empilhados na sua mesa. Tudo aquilo começava a me interessar...