No Brasil contemporâneo, muito se tem falado em conscientização política, em cidadania, em conquista de direitos. Ao lado disso, a vida, o mais elementar e inalienável de todos os direitos, é recorrentemente é destruída pelas mãos daqueles que por ela mais deveriam zelar: os próprios agentes militares da segurança. Tragicamente, essa prática policial muitas vezes conta com aprovação popular. Esse histórico mal-estar cultural também está baseado em fatores psicossociais e inconscientes até aqui pouco explorados, como a identificação com a vítima e a identificação com o agressor. Dirigido ao leitor atento aos problemas cruciais do seu tempo e a especialistas das Ciências Humanas e Sociais, o livro preenche uma lacuna ao inaugurar um tipo de análise da intersubjetividade que permite a urgente reflexão sobre essa face obscura da sociedade brasileira.