Tocar nas representações sociais é delicado para toda análise. Mais delicado e desafiante quando as representações são de educadores-docentes e quando os alunos-educandos são crianças e adolescentes, jovens e adultos do campo, em contextos de luta pela terra. Que representações interferem nessa ação socioeducativa? São apenas representações de professores, da escola, da pedagogia ou gestão, arraigadas na formação social, política, cultural e pedagógica? A pesquisa de Maria Isabel Antunes-Rocha tem como foco os professores e as professoras não de qualquer escola, mas dos assentamentos e acampamentos das escolas do campo. O livro é um convite para repensar essas representações que tanto condicionam todas as políticas públicas, não apenas na educação mas nas políticas agrárias, fundiárias, no projeto de campo e até na demarcação das terras indígena e quilombolas.