Diário de uma mística contemporânea. Nem sempre acreditei em Deus. Na verdade, nem sequer estava interessada em acreditar. Mas queria, sim, com intenso anseio e muito desassossego, descobrir um significado para a vida, um propósito por trás de tudo, um caminho nessa busca. Com a mente despida de preconceitos, pesquisava todas as filosofias e religiões à procura de pequenas indicações que me levassem à Verdade. Passei muitas e muitas horas lendo, questionando, fazendo perguntas a mim mesma. E um dia - 25 de outubro de 1947 -, minha alma aberta e receptiva foi subitamente acometida por algo arrebatador, eletrizante, um tanto sobressaltada e inteiramente inundada por alguma coisa inexplicável e bela, completamente irresistível. Eu não havia estado à procura de Deus. Mas, para exprimir toda a impressionante magnitude daquela experiência de minha alma, só encontrei uma palavra - Deus. Lá estava ela, revolvendo-se em meus lábios, e pronunciei-a em voz alta - Deus!