Este livro é um pequeno tesouro, o primeiro texto - Somos todos censores, de 1992 e um clássico da bibliografia sobre o tema - é acompanhado uma por uma réplica inédita, do próprio autor. Trata-se de um exemplo raro de honestidade e rigor científicos, que torna os dois trabalhos uma referência a ser seguida, pois eles subvertem, em certa medida, a lógica acadêmica em vigor. Os efeitos do acirramento dos conflitos étnico-raciais e de gênero das últimas décadas, atuam sobre as convicções do escritor. À argumentação contra qualquer censura, sustentada em fins do século XX, Nodelman aporta traços seus, até então insuspeitáveis, que vão do racismo ao preconceito. Essa passagem de uma defesa abstrata da censura a um chamamento à responsabilidade comprometida dos adultos com os graves problemas sociais da contemporaneidade muda o foco e relativiza o papel dos adultos como censores. Discutir a censura remete aos aspectos mais polêmicos que dizem respeito à crítica do livro para crianças [...]Este livro é um pequeno tesouro, o primeiro texto - Somos todos censores, de 1992 e um clássico da bibliografia sobre o tema - é acompanhado uma por uma réplica inédita, do próprio autor. Trata-se de um exemplo raro de honestidade e rigor científicos, que torna os dois trabalhos uma referência a ser seguida, pois eles subvertem, em certa medida, a lógica acadêmica em vigor. Os efeitos do acirramento dos conflitos étnico-raciais e de gênero das últimas décadas, atuam sobre as convicções do escritor. À argumentação contra qualquer censura, sustentada em fins do século XX, Nodelman aporta traços seus, até então insuspeitáveis, que vão do racismo ao preconceito. Essa passagem de uma defesa abstrata da censura a um chamamento à responsabilidade comprometida dos adultos com os graves problemas sociais da contemporaneidade muda o foco e relativiza o papel dos adultos como censores. Discutir a censura remete aos aspectos mais polêmicos que dizem respeito à crítica do livro para crianças: qual o papel do politicamente correto? Qual o papel da leitura na formação dos valores dos futuros agentes sociais? (...) Em um mundo onde a censura retorna como protetora das tradições e a manutenção do status quo para cercear as vozes que rompem o silêncio e conquistam sua visibilidade, estas reflexões não são apenas necessárias, mas imprescindíveis. - Lenice BuenoEste livro é um pequeno tesouro, o primeiro texto - Somos todos censores, de 1992 e um clássico da bibliografia sobre o tema - é acompanhado uma por uma réplica inédita, do próprio autor. Trata-se de um exemplo raro de honestidade e rigor científicos, que torna os dois trabalhos uma referência a ser seguida, pois eles subvertem, em certa medida, a lógica acadêmica em vigor. Os efeitos do acirramento dos conflitos étnico-raciais e de gênero das últimas décadas, atuam sobre as convicções do escritor. À argumentação contra qualquer censura, sustentada em fins do século XX, Nodelman aporta traços seus, até então insuspeitáveis, que vão do racismo ao preconceito. Essa passagem de uma defesa abstrata da censura a um chamamento à responsabilidade comprometida dos adultos com os graves problemas sociais da contemporaneidade muda o foco e relativiza o papel dos adultos como censores. Discutir a censura remete aos aspectos mais polêmicos que dizem respeito à crítica do livro para crianças: qual o papel do politicamente correto? Qual o papel da leitura na formação dos valores dos futuros agentes sociais? (...) Em um mundo onde a censura retorna como protetora das tradições e a manutenção do status quo para cercear as vozes que rompem o silêncio e conquistam sua visibilidade, estas reflexões não são apenas necessárias, mas imprescindíveis. - Lenice Bueno