A que gênero discursivo pertence esta plaquete? Difícil dizer, porque há nela mais de um gênero, há muitos. É uma peça de teatro, mas nela há verso, há prosa, há tragédia e comédia, e há o relato de um sonho que inclui uma peculiar colcha de retalhos feita de toalhas estendidas no chão. Muda-se de gênero ao se passar de uma personagem a outra, passando pelo sermão, pela interdição, pela ameaça, pela doutrinação, pela aula, pela oração, pelo diálogo e pela história de amor, para então voltar à lei na qual a definição prescritiva do gênero do interlocutor (Esta é minha ordem: Seja forte e corajoso!) não será um aspecto menor. Aqui, se é importante quem fala, é igualmente importante, em cada situação, a quem se fala. Em quem se pode confiar? A quem confidenciar? E o que não será contado e será mantido em silêncio? Por tudo isso, não parece um despropósito que seja lembrado aqui o gênero da história de amor, ainda que seja uma história de amor ressignificada. E, de fato, quem ler este(...)