Uma coletânea de cartas de Ignácio de Loyola Brandão, cartas inventadas, recolhidas ou imaginadas ou sugeridas pelos desenhos de Alfredo Aquino, sem relação entre si, mergulham o leitor num mundo desestruturado, que perdeu seus pontos de referência. O leitor é voyeur e cúmplice. As cartas são o veículo ilusório de uma comunicação impossível entre seres que arrastam uma existência desprovida de sentido, sem finalidade, num mundo absurdo. Pouco importa quem está atrás dessas cartas. A soma das frustrações e das experiências de cada um dos autores, como por um processo impressionista traça da humanidade um quadro particularmente sombrio.