A consciência da morte faz com que a vida im porte. Ainda que o fato físico da morte nos destrua (nesse corpo, com essas emoções e pensamentos), a consciência da morte salva-nos, pois sua possibilidade transforma a maneira como vivemos a vida. Refletindo sobre isso e pensando na fala de Rollo May: “Sei somente duas coisas: uma, que algum dia estarei morto; outra, que agora não estou. A única questão é: que vou fazer entre estas duas datas?”, nasceu este livro. Tive o privilégio de ser professora durante muitos anos. Os alunos, com frequência, me diziam: “Escreve suas histórias, professora”. Lembrar e registrar isso é uma forma de agradecer-lhes, pois foram um estímulo constante para minhas escritas. Contar me ajuda a refletir; refl etir me ajuda a ser o meu melhor. Será que existe algo que importa mais que isso na vida? Ser o melhor de si? Este é um livro sobre a vida. A vida de quem tem consciência da fi nitude do corpo físico, da volatilidade dos pensamentos e emoções e da importância da vontade. A vida que pode ser vivida quando se assume o compromisso de desenvolver a consciência do caminho que escolheu para si mesmo e de ser o melhor. De si. Todo dia.