“Nestor Tambourindeguy Tangerini, poeta satírico, jornalista, escritor, compositor, caricaturista (de estilo cubista), teatrólogo e professor de português, ex-funcionário do antigo DCT (Departamento de Correios e Telégrafos), nasceu a 23 de julho de 1895, em Piracicaba, Estado de São Paulo, e faleceu no Rio de Janeiro em 30 de janeiro de 1966. Compôs Dona Felicidade, em parceria com Benedicto Lacerda, valsa gravada em 1937 por Castro Barbosa para o selo RCA Victor. Na década de 20, freqüentava a roda intelectual do legendário Café Paris, em Niterói, então capital fluminense, na companhia de Luiz Leitão, Mazzini Rubano, Renê Descartes de Medeiros, Luiz de Gonzaga, Brasil dos Reis, Mayrink, Olavo Bastos, Gomes Filho e Apollo Martins, e publicava, nos jornais da cidade fundada pelo Cacique Araribóia, crônicas e poesias, com os pseudônimos João da Ponte, João do Paris, João de Niterói e Pastaciuta. Nessa época, residia na Alameda São Boaventura, no. 1085. Autor de revista, Tangerini escreveu inúmeras peças de teatro. Entre 1936 e 1937, escreve Estupenda!, Magnífica!, Na Dura!, No Tabuleiro da Baiana e Gol! para a Cia. Teatral Jércolis. Em suas peças – encenadas pela Cia. Jardel Jércolis ou por outras companhias teatrais – trabalharam Oscarito, Aracy Cortes, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Henriqueta Brieba, Walter Dávila, Antônia Marzullo (sua sogra), Dinorah Marzullo Pêra (sua cunhada), entre outros. Em 1947, fundou, com o locutor Lourival Reis, o Professô Zé Bacurau, o caricaturista Abel, Iêda Reis, o compositor Aldo Cabral, com quem escreveu as peças Pra Deputado, Cadeia da sorte, Boa Boca, Lição Doméstica e esquetes para a TV Continental, e Maurício Marzullo (seu cunhado), a revista de humor e sátira O Espêto, onde publicava sonetos, trovas, crônicas, esquetes, caricaturas e monólgos com diversos pseudônimos – Dom T., Conselheiro Armando Graça, João da Ponte, Conselheiro XX Mirim, José Oitiçoca, Mme. Chaveco, Malba Taclan, Álvaro Amoreyra, Pierrot (T.), T., Humberto