Após a crise de 2008, a sustentabilidade das empresas nos mercados passou a assumir uma importância primordial. O pagamento de remunerações desproporcionadas aos administradores, tendo em conta a situação económica da sociedade e as funções desempenhadas, pode constituir um sacrifício para as empresas. Nestes casos, será permitido à luz do Código das Sociedades Comerciais reduzir as remunerações que se já encontram fixadas? Poderão ser aplicados alguns institutos de Direito Civil? Esta temática constitui o âmago do trabalho apresentado no âmbito do Mestrado em Ciências Jurídico-Privatísticas. Ao longo deste escrito, tivemos sempre presente duas ideias basilares: a sustentabilidade económica das sociedades e a necessidade de remunerar de forma adequada os membros dos órgãos de administração.