Os poderes da filologia são muitos. Bem o sabem, além dos filólogos, os literatos, humanistas, escritores, linguistas e eruditos em geral. Muitos leigos não teriam dificuldades em reconhecê-los, no todo ou em parte: identificar fragmentos textuais, editá-los para os disponibilizar ao público como textos, comentá-los cuidadosamente para fornecer aos seus leitores a maior quantidade possível de conhecimento a respeito deles e, finalmente, historicizá-los, mostrar que pertencem a certa época, lugar, tradição etc. Não à toa, essas tantas tarefas confluem para o ensino do que pode estar contido nas fontes tratadas pela filologia. Certamente, são poucos os que conhecem tão detalhadamente os caminhos da dinâmica do conhecimento textual quanto Hans Ulrich Gumbrecht. Atento à pluralidade de significados e de práticas associados ao termo filologia, ele explora as habilidades acadêmicas para a curadoria de textos históricos. Os leitores de Sepp Gumbrecht, entretanto, sabem que um [...]