A face mais doce do azar conta a história de uma família dessas, da época do recomeço do país depois da ditadura, de brasileiros comuns que sofreram com a sequência da irresponsabilidade de seus políticos – um fantasma que continua nos assombrando em ciclos da nossa história. Dubianca era uma pré-adolescente quando os fatos amargos que narra começaram a definir como seria sua chegada à adolescência. Observadora, a menina foi tentando compreender como as transformações do país estavam agindo sobre as relações entre as pessoas à sua volta. Vera Saad confere à sua narradora uma voz falsamente leve, em que as frases curtas denunciam as fissuras nessa mulher que volta a um pedaço do seu passado com sabor amargo.