Os destinos e peripécias de três personagens bastante prováveis na vida real se entrelaçam sutilmente em Para o bem ou para o mal, segundo livro do jornalista, escritor e tradutor Luiz Fernando Brandão, agora estreando na ficção. O primeiro protagonista, Diego Velásquez Caravaca, um mestre espiritual muito bem-sucedido estabelecido em São Paulo, já ajudou muita gente no seu concorrido Centro para a Evolução Universal, mas não passa de outro picareta no florescente “mercado da salvação”. Entre as discípulas mais chegadas, ele atende por “Flautista”, apelido que cunhou para si inspirado no conto dos Irmãos Grimm – sendo que, na história engendrada por sua imaginação doentia, quem o anti-herói atrai e domina com o sopro de seu instrumento mágico não são ratos nem crianças, mas adultos tão ou mais fáceis de engabelar. O segundo, Robert White Sherman, é um alto executivo financeiro de Nova York, diretor de um grande banco instalado nas Torres Gêmeas.