Este livro busca analisar a violência institucional que conduz os povos originários brasileiros a uma vida nua, especialmente os indígenas afetados pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Nesse espaço, determinado pelo barramento do rio Xingu, no Pará, eclodem danos irreversíveis aos povos que ocupam tradicionalmente a área, sobretudo os situados na região denominada Volta Grande. Isso perfaz uma zona de conflitos, permeada por interesses divergentes, como o respeito à autonomia cultural e as condições para o progresso nacional. Esse contexto alcança o universo jurídico e resgata o uso de um incidente processual, intitulado suspensão de segurança. Esse recurso materializa uma situação excepcional aos autóctones, pois suspende seus direitos em função da ordem econômica ou segurança energética do país. Todo o aprofundamento da discussão realizada nesta obra se assenta em teóricos da filosofia contemporânea, partindo de fragmentos conceituais como: [...]