O vento percorreu calmamente o asfalto gelado daquela rua deserta, o sereno da madrugada havia umedecido o tapete cor de ébano, facilitando o deslizar das folhas secas que se desprendiam das alturas para rastejarem no chão negro. E o silencio imperava até nas entranhas da madrugada, que naquela noite em particular parecia eterna. As árvores ao redor escondiam com seus enormes galhos o céu acima dos mortais, que agora repousavam inertes nos seus sonhos, esquecidos de que a noite pertencia por direito às ALMAS...