O Justo estabeleceu uma relação entre a ideia de justiça como regra moral e a justiça como instituição. Embora em O Justo 2 os estudos prossigam com essa orientação como demonstram as relações entre moral e ética, justiça e vingança ?, neste livro o adjetivo justo é reconduzido à sua fonte conceitual, ao to díkaion grego dos Diálogos socráticos de Platão. Esse retorno a um uso extensivo do justo (adjetivo neutro substantivado) autoriza a abrir o campo conceitual explorado. Essa é a peculiaridade de O justo 2. Recorta-se então um novo espaço de sentido que possibilita enveredar por ampla reflexão filosófica em torno do justo. Isso explica as meditações originais sobre a tradução, o universal e o histórico, a autonomia, a autoridade e a vulnerabilidade. Essa extensão do conceito leva, paralelamente, a examinar éticas regionais e formas de juízo a elas correspondentes, a começar pelo juízo médico. O Justo 2 traz, ainda, o depoimento prestado por Paul Ricoeur numa ação penal [...]