A Franguinha Branca narra a história de uma pintainha que estranha ser a única ave branca em meio às aves do galinheiro: todas de peninhas coloridas, pintadas, rajadas. Isso lhe causou imensa tristeza. Mas, à medida que foi crescendo e se tornou adulta, tomou uma grande decisão: ter seus próprios filhinhos. Surpresa com a variedade de cores dos filhinhos, compreendeu que diferenças não destroem o amor. Como na vida! Personagem-autor, a Franguinha Branca dialoga, no sentido bakhtiniano (dialogia, que não é simples conversação), com outros discursos, traz vozes sociais e culturais diferentes (polifonia) e constrói este poema-narrativo. O alusivo se abre a múltiplas interpretações, seria uma ave albina? Não exatamente, mas os referenciais desatam-se ao que um poema-história refere no cotidiano do galinheiro. Também.