No presente livro, resultado de uma monografia escrita em 1972, no dia seguinte à conclusão da experiência situacionista (e publicada no número quatro da revista Agaragar), Mario Perniola narra e interpreta a história do movimento situacionista. A Internacional Situacionista representou a última vanguarda histórica do século XX. Todavia, essa foi também a primeira manifestação de uma estratégia cultural que força os limites do existente e possível sem se perder na utopia e alcança, seja ainda de modo indireto e oblíquo, um resultado positivo. Exatamente por isso, os situacionistas continuam a suscitar interesse e constituem um ponto de referência importante no quadro da cultura alternativa atual: a mensagem mais importante que eles deixaram para as gerações sucessivas consiste no convite a não cair na desmoralização e na vileza, a não ser vítima da frustração e da impotência.