Neila Maria Souza Barreto convida-nos a caminhar pelo espaço urbano de Cuiabá dos séculos XVIII e XIX para observarmos como os poços, os rios, os córregos, as fontes, as bicas, os chafarizes, as penas d'água indistintamente saciavam a sede dos escravos, dos pobres livres urbanos e dos homens e mulheres da elite, apontando-nos os instrumentos que eram utilizados para o transporte e posterior uso da água, como as latas, cuias, os potes, as carroças, as pipas e os bois. Leva-nos também, a conhecer o primeiro sistema público de abastecimento de água construído pelos empresários João Frick e Carlos Zanotta. Era um contrato de 180 contos de réis, cuja obra foi iniciada em abril de 1882 e inaugurada em 30 de novembro de 1882, no governo do presidente de província de mato grosso - José Maria de Alencastro. Adiante, percorre os espaços aos quais a autora denominou de 'Espaços Privilegiados de Água Potável Urbana', onde as primeiras penas de água finalmente foram instaladas em Cuiabá, no final do século XIX, especificamente no ano de 1886.