O dispositivo de supervisão coloca em questão que, no lugar de encontrar a verdade que finalmente responderia a pergunta do que fazer em um caso, coloca em primeiro plano o não saber. Dessa forma, a política da falta-a-ser, intrínseca à posição do analista, é assumida pelo supervisor e sustenta a ética da sua práxis. Nessa perspectiva, o supervisor dirige a supervisão e não o supervisionando; portanto, o supervisor recusa o poder da sugestão implicado na identificação imaginária em prol do manejo da transferência e seus tempos, a partir do desejo que o orienta.