Quando a Autora vincula suas digressões sobre águas subterrâneas e transfronteiriças às concepções do novo constitucionalismo democrático latino- -americano, podemos dizer que se tem um argumentativo bem construído: o fundamento teórico para o Direito de novos parâmetros de regulação das águas advém de uma base cultural e política sedimentada na experiência histórica do concreto de civilizações milenares. (...) Há mais razões autorizadoras de nosso olhar positivo quanto à publicação deste livro. A sequência racional que o texto segue convence no que diz respeito à concatenação das ideias. O início da obra se dá com a reflexão sobre a crise hídrica e seus impactos sobre aquíferos subterrâneos. Na verdade, como a Autora diz, é uma parte da crise sobre águas, seu uso, e, sobretudo, a maneira de compreendê-la na sua condição de bem essencial a toda forma de vida na Terra.