Um elemento central para a emergência do Brasil como um líder entre as economias em desenvolvimento, após a restauração da democracia nos anos 1980, foi a participação ativa de economistas keynesianos em debates teóricos e políticos. Os diálogos dos keynesianos brasileiros com economistas ortodoxos, outros estudiosos heterodoxos e ativistas políticos renovaram a teoria macroeconômica e monetária e forneceram importantes orientações políticas em uma era de crises globais e instabilidade. Já se passaram vinte anos desde que as principais ideias dos keynesianos brasileiros foram destiladas em um livro Macroeconomia moderna, editado por Luiz Fernando de Paula, Gilberto Lima e João Sicsú. Agora, mais de uma década após a fundação da Associação Keynesiana Brasileira (AKB), a estagnação global pós-crise está ameaçando como nunca o progresso que havia sido feito, tanto no Brasil como em outros lugares do mundo em desenvolvimento. Este livro, organizado pelas presidentes da AKB, Carmem Feijó e Eliane Araújo, responde a esse conjunto de desafios sem precedentes. Nele, usando diversos métodos e evidências, membros da comunidade keynesiana brasileira consideram como o crescimento pró-igualitário e sustentável, as instituições fortemente desenvolvimentistas e a política macroeconômica sólida podem ser combinadas.