Os índios foram os primeiros habitantes do Brasil. Com a chegada dos portugueses e espanhóis na América, entretanto, os índios foram massacrados, escravizados e explorados, perdendo paulatinamente a sua identidade cultural e seu habitat natural. Devido aos constantes massacres sofridos, os índios tiveram de se refugiar em áreas ainda não exploradas pelo homem branco. Com o decorrer dos anos e com o processo de colonização do Sul do país pelos europeus, os índios perderam ainda mais espaço. No século XIX emerge pela primeira vez a preocupação em tratar o índio com humanidade, pois até então, para fins práticos, eles se subdividiram em bravos, domésticos ou mansos. Aos poucos essa classificação, fruto do colonialismo, vai sendo deixada de lado, aparecendo, a passos lentos, as primeiras preocupações com a necessidade de uma política indigenista. A sobrevivência das pluralidades étnicas no mundo atual está seriamente ameaçada pelo fenômeno da globalização. Em um mundo predominantemente padronizado e homogeneizado, as diferenças tendem a desaparecer. Aqueles que ainda não se inseriram nesse processo de uniformização da sociedade planetária estão tecnicamente fadados à extinção. É nesse contexto de perda das raízes socioculturais e das próprias condições econômicas de sobrevivência em termos de direitos de cidadania que se situam os povos indígenas.