Os onze ensaios que compõem esta obra são um resumo do estilo de uma polemista, começando pelo que dá nome ao livro e no qual ela procura destacar a importância do trabalho do roteirista de cinema (no caso, Herman Mankievicz), reagindo ao endeusamento do diretor como único responsável pela concepção da 'obra de arte'. Escrito em 1971 para acompanhar a publicação do roteiro de Cidadão Kane, o ensaio mereceu uma longa e irada resposta de Orson Welles. Também critica a excessiva intelectualização da crítica especializada, defende o prazer puro de assistir a um filme e a liberdade de 'desfrutar o lixo sem fingir que é arte', disseca a indústria cinematográfica americana e as relações entre cinema e televisão. Pensa sobre o futuro e se pergunta o porquê da má qualidade dos filmes nos anos 80. Discute o trabalho do ator, investiga aquilo que o transforma em um astro e traça um perfil de Cary Grant para descobrir o que leva alguém a ser perfeito em um papel e ridículo em outro.