Quem não gostaria de ser amigo de um Supremo recheado de poderes decisórios, que decide desde os requisitos para dar aula de pole dance até a legitimidade do processo de impeachment do Presidente? Os mais diferentes atores e grupos sociais já perceberam a importância de ter um lugar cativo no púlpito da corte sobretudo após a sua cobertura televisionada para veicular sua voz e suas demandas, ao passo que o próprio Supremo já entendeu a rica fonte de legitimidade que essa interação proporciona. Hoje essa relação, viabilizada pela figura processual do amicus curiae, parece ser oportuna para todos, em um cenário em que a Suprema Corte acaba conferindo tratamento distinto aos diferentes amigos que a procuram, de modo a extrair maior proveito possível dessa amizade. Eis o que o presente livro visa a analisar estratégica e empiricamente: como se dá e o que motiva a interação entre STF e os amici curiae.