Sobre este livro:Este livro poderia ser lido, ligeiro, em uma sentada. Seria uma boa leitura, uma playlist, trilha sonora do que sempre tivemos de melhor, nosso produto interno bruto, nossa mais preciosa commodity. Não fosse o fato de que a sua radical brasilidade não combina com ligeirezas ou anglicismos. Sabendo-se que traz o registro de aulas que – a partir de um Paraná embranquecido e furiosamente conservador – discutiram e cantaram o país a que chegáramos em 2019, já assolado pela peçonha política, na véspera da sanitária, passará a ser uma leitura fundamental. Mas ainda não lhe teremos alcançado todas as camadas, enquanto não nos detivermos para compreender as grandes e benfazejas árvores sob as quais viceja, à moda de um faxinal, esta escola de Brasil. Como mapa e bússola, eis a geografia subversiva de Milton Santos; como carta de intenções, a pedagogia revolucionária do italiano Lorenzo Milani.