Transcritas por Francesca Bion e revistas pelo próprio Bion, estas duas conversas, proferidas em 1977 e 1978 em Nova York e São Paulo, respectivamente, vêm acompanhadas de uma nota introdutória que prevê que muitos leitores sentirão o quanto as respostas de Bion foram “inadequadas e incompletas”. No entanto, considera que será uma “virtude” que sejam vistas como incompletas, “caso estimulem o leitor a completar as respostas”; e deseja que o leitor tenha “um acordar profícuo” por ter tido bons sonhos. Durante as conversas, Bion alerta sobre o risco de excessiva concretização – um impedimento para aproximações à realidade psíquica, sobre a limitação das teorias existentes, como as da transferência e de identificação projetiva, sem desfazê-las ou denegri-las – para iluminar o que ocorre em uma sessão de análise, entre outros “tesouros” práticos para o trabalho de um psicanalista.