A presente obra trata-se do resultado de uma pesquisa de mestrado, realizada no Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde, inserida na linha de pesquisa Educação em Saúde, Ambiente e Trabalho (ciência, educação e trabalho), do Instituto Oswaldo Cruz/ Fiocruz,. Nela procurou-se analisar as marcas da “empresa educadora”nasubjetividade do trabalhador, a partir de um estudo de caso numa empresa pública da área de comunicações do Brasil. Apoiada em Antonio Gramsci e Karl Marx, a pesquisa se estabelece pela perspectiva da metodologia da pesquisa qualitativa, pela qual buscou analisar as influências da fragmentação nas relações e condições de trabalho dos sujeitos da pesquisa, os trabalhadores, a partir da análise do discurso em Eni Orlandi. Analisamos que a empresa, ao tomar a educação para si, nega ao trabalhador a possibilidade de uma formação omnilateral, subtraindo a sua capacidade criativa e de maneira parcelar cria no trabalhador sentimentos de culpa, medo e resignação diante da angústia de perder o seu emprego, o que ao mesmo tempo compromete a sua saúde. Esta pesquisa tem o compromisso de trazer em seus resultados, a compreensão do surgimento desse modelo de formação, difundido estrategicamente pela empresa educadora, de modo que, possamos divulgar para o mundo científico esta realidade e ao mesmo tempo fornecer dados a novos estudos e ações.