Em um conjunto de sete ensaios, a autora reflete sobre a modernização do drama brasileiro, tomando como ponto de partida a dramaturgia finissecular de Arthur Azevedo, perpassando autores pouco lidos ¿ como João do Rio, Roberto Gomes, Renato Vianna e Oduvaldo Vianna ¿ para, enfim, chegar à reflexão sobre a dramaturgia de Nelson Rodrigues. Por fim, para fechar o ¿conjunto de textos, há um último ensaio em que, a partir de uma reflexão sobre as teorias de Peter Szondi e de Jean-Pierre Sarrazac, propõe-se observar um contínuo alargamento das formas do teatro moderno ao contemporâneo. O pensamento sobre um teatro bagunça, que se desenha timidamente ao longo dos textos, toma corpo nas páginas finais do livro, com uma tentativa de compreensão desse conceito como base para o entendimento da nossa formação dramática e, quiçá, teatral.