Os estudos do Quaternário, que tratam do período mais novo da história da Terra, embora fossem realizados em algumas áreas cisntíficas específicas das geociência, como na geomorfologia e na geotecnia, as primeira tentativas de integração dessas pesquisas foram iniciadas após o XXV Congresso da SBG (Sociedade Brasileira de Geologia), que ocorreu em 1971 em São Paulo. Na ocasião foi realizado o Primeiro Simpósio do Quaternário no Brasil sendo, a seguir, criada a Comissão Técnico-Científica do Quaternário no âmbito da SBG. Através desta comissão foram realizados mais três simpósios e o quarto e último deles teve lugar em 1981 no Rio de Janeiro. Por outro lado, desde o início daquela década o país acha-se filiado à INQUA (International Union for Quaternary Research). Com a função da ABEQUA (Associação Brasileira de Estudos do Quaternário) em 1984, a comissão da SBG foi extinta. Sendo uma área relativamente nova das geociência no Brasil e também no mundo, a matéria ainda se acha pouco estruturada e, além disso, por ser de natureza essencialmente multidisciplinar, os pesquisadores e estudantes brasileiros ressentem-se da falta de um livro-texto básico em língua portuguesa. Este livro objetiva preencher, pelo menos em parte, esta lacuna sobre uma área de conhecimento geocientífico tão importante nos dias de hoje, quanto a humanidade se vê na iminência de se defrontar com gravíssimos problemas decorrentes principalmente do crescimento, quiçá insustentável, da população. Essas questões deverão traduzir-se na escassez de recursos não-renováveis como combustíveis fósseis e minérios, nas deficiências quantitativa e qualitativa dos alimentos e da água doce para o consumo humano, além da crescente deterioração das condições ambientais