Por que Ecos Ameríndios em Sousândrade: uma leitura descolonizadora do Guesa? Talvez o que mais tenha me motivado a escolher a obra O Guesa, de Sousândrade, foi a percepção de uma filosofia e de um projeto de sociedade que ele deixa emanar em sua produção literária. Há uma paideia sousandradina? Um projeto de formação de pessoa para se viver em sociedade? Isso sempre me inquietou. E, após morar na Região Norte, seja no interior do Amazonas ou em Rondônia, desafiada pela pesquisa no mestrado, foi interessante descobrir o Sousândrade visionário no que se refere ao Estado dos Índios, por ele chamado de Filhos da natureza [...] brasileiros nativos, inteligentes e sãos [...]. Por isso, o meu objeto de pesquisa partir justamente do universo Sousandradino, das fontes por ele utilizadas e sua contribuição para um estudo das narrativas nativas, seguindo os rastros deixados pelos ECOS AMERÍNDIOS seguindo a trilha de uma leitura descolonizadora perceptível em seus escritos, especialmente em O Guesa (1884 edição definitiva).