A fugacidade e a alteridade do ser, do ente e do homem se revelam perante o nada e seus correlatos objetivos: as imagens da viagem, do mar, da noite, do naufrágio e da morte, recorrentes neste Rumo à Vertigem ou a Arte de Naufragar-se que, agora, se oferece ao leitor inteligente e exigente, bem como ao leitorado que nada espera além da fruição sensível de uma poesia encantadora, embora profundamente melancólica. É preciso compreender a poesia de Wassily Chuck não como fuga da realidade, mas como fuga para a realidade, em surdina, canto à bocca chiusa ou por meio do silêncio eloquente e comovente como um grito visceralmente sofrido, lúcido e autenticamente humano. José de Paula Ramos Jr.