“Muitos pensam que respeitar as crianças e suas vidas psíquicas significa abandoná-las a si mesmas, mantê-las na passividade, quer dizer, não fazer com que trabalhem mentalmente. É totalmente ao contrário! Quando se toma por base os dinamismos naturais ou, dito de outro modo, quando a educação segue a psicologia específica do desenvolvimento humano, permite-se não apenas um progresso rápido e largo da cultura, mas ainda um reforço da personalidade. [...] Hoje, a maioria das crianças que encontramos são instáveis, preguiçosas, desorganizadas, violentas, teimosas, desobedientes, etc.: elas são funcionalmente doentes. Mas podem curar-se submetendo-se a uma espécie de higiene mental. Elas podem se normalizar. Nesse caso, elas também se tornam crianças disciplinadas capazes de apresentar muitas surpresas felizes. O que se chama de ‘Método Montessori’ gira em torno desse ponto essencial”.