Segundo os autores, convidados por Miguel Cadilhe, em 2008, para o desafio de mudança do grupo SLN/BPN, havia alternativa à nacionalização do Banco Português de Negócios, que acabou por acontecer. A equipa de João Carvalho das Neves e Manuel Meira Fernandes propôs um plano, que não foi aceite pelo Governo, e, através da Lei 62/A-2008 de 11 de Novembro de 2008, o conjunto de gestores que tinham tentado salvar o banco foi afastado, ficando a Caixa Geral de Depósitos como entidade responsável. Conheça agora, em pormenor, a versão de quem viveu esse processo por dentro. A questão fundamental no BPN é para nós, sem qualquer dúvida, um caso de polícia que deverá ser revolvido nos Tribunais, e só se tornou um problema político e com severas consequências nas finanças públicas por decisão dos governantes, quando decidiram pela nacionalização. […] O argumento do risco sistémico, que justificou a nacionalização do BPN, em contraste, por exemplo, com a não nacionalização do BPP, não é argumento. Aliás nunca o Banco de Portugal apresentou algum estudo do risco sistémico dos bancos em Portugal. […].