Este livro, mais do que uma pesquisa sobre a implementação das Plantas Medicinais e das Farmácias Vivas no Sistema Único de Saúde, é um mergulho, uma análise que desnuda as relações imbricadas em nosso modelo de cuidado e seus impactos na formação do nosso sistema de saúde. Ao trazer uma análise sobre a fronteira como espaço de diálogo, interação e disputa, e o uso das plantas medicinais como um objeto que está na fronteira, revela as tensões existentes neste espaço. São diferentes conhecimentos, populares, científicos e de diferentes racionalidades em saúde que interagem com forças desiguais. Estas relações ficam claras nas entrevistas dos coordenadores das Farmácias Vivas que demostram os desafios e vantagens experimentados ao trabalhar com as plantas medicinais a partir de uma perspectiva contra hegemônica.