Durante muito tempo, poucas vozes ousavam discordar dos modelos teóricos europeus e norte-americanos. Atualmente, a lingüística brasileira - madura e estabelecida - goza de boa autonomia e muitos pesquisadores não importam mais teorias, criando suas próprias reflexões sobre a linguagem. Esta gramática representa bem esta nova etapa de estudos no Brasil. Com uma visão "funcionalista", os autores examinam aspectos fonético-fonológicos, morfológicos e sintáticos do português brasileiro sob uma perspectiva semântico-pragmática de fundo cultural, a qual denominam de Semântica de Contextos e Cenários (SCC). Assim, a língua é vista da perspectiva do uso e da cultura para a estrutura, e não da estrutura para o uso, como se tem feito tradicionalmente.