Há muitas entradas e saídas na poesia de Nicholas Behr. Como se trata de uma poesia em que a noção de movimento do lugar de onde parte o autor em direção ao mundo e de seu próprio caminhar é fundamental essa ideia de situações em movimento que se fecham e se abrem para o poeta está muito presente. A poesia de Nicholas para mim é a poesia do homem que se move do homem em travessia que sai de um ponto em direção a outro. Num certo sentido é uma poesia da geometria do caminhar de um traçado que se torna aparente na luz do movimento. Nesse ir e vir é a poesia de um homem que se pensa que se busca e que estabelece uma interlocução permanente e desesperada com o espaço imediato e contíguo a cidade; no caso Brasília a qual retrata de modo intermitente o real em sua pseudo-aparência ou verdade espelho em que este homem procura o contorno de si. Uma poesia que sofre o impulso simultâneo da ânsia da busca que pode ser a da inocência que se encontra perdida em algum tempo e lugar e que [...]