Em Estações de passagem da ficção de Lima Barreto, Marcos Scheffel analisa a influência da escrita da intimidade e das crônicas na composição do romance Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto. O presente estudo parte do pressuposto que Lima Barreto escolheu e potencializou uma forma fragmentária para representar os conflitos da modernidade brasileira no início do século XX. Dessa forma, o romance abordava temas típicos da crônica: os passeios de bonde, as reformas urbanísticas, os espetáculos de teatro, a derrubada de antigos prédios - tudo isso por meio dos diálogos entre Augusto Machado e Gonzaga de Sá que vagam por um cenário de transformações sociais, políticas e econômicas na cidade do Rio de Janeiro.