Quando os sentidos, a imaginação e a memória são estimulados por um objeto, produzem imagens estáticas e sempre iguais a si mesmas ou vivem em uma relação dialética com a criação artís­tica? O olhar é despertado pela matéria ou pela intenção da obra? O objeto, a partir de sua colocação espaço-temporal, produz sempre os mesmos significados ou participa de um processo subjetivo e contextual sempre novo e negociável? Essas são algumas das questões que este volume levanta ao problematizar a relação entre o sujeito e a obra de arte. As duas vertentes críticas do materialismo e do conceitualismo permeiam os 17 ensaios deste livro, apresentados no VI Colóquio História e Arte em 2014, que se colocam no panorama de estudos críticos sobre a história do olhar e a cultura visual. As pesquisas abordam objetos diversificados da arte no Brasil nos séculos XIX e XX mostrando como o olhar se constrói socialmente a partir das diferentes perspectivas teóricas desenvolvidas ao longo da história da arte.