Após um prolongado período ao longo do qual o modo de subsistência do homem assenta, sobretudo, na caça e na recolecção, uma modificação decisiva da sua história é marcada pelo aparecimento das primeiras sociedades sedentárias, seguidas pela agricultura e domesticação dos animais, dois modos de produção novos que se impõem como as bases das nossas sociedades modernas. Esta mutação a que se chama "A Revolução Neolítica" aparece, pela primeira vez, no Próximo Oriente. Neste ensaio sobre as origens da agricultura e a expansão das primeiras sociedades produtoras do Levante, o autor apresenta-nos quer as novas descobertas quer a sua perspectivação histórica. Se é na Revolução Neolítica que se enraíza o presente estado da humanidade tanto no que diz respeito à cultura, como ao modo de vida e de produção, é sobre a natureza e as causas desta tão grande modificação que o autor se interroga. Os modelos económicos que sempre fizeram da produção de subsistência a resposta às pressões biológicas, demográficas e ecológicas são agora abandonados em proveito de uma verdadeira mutação cultural. A revolução dos símbolos que anteciparia este momento crucial da nossa história. JACQUES CAUVIN, pré-historiador, é director de investigação no CNRS. Dedica o seu trabalho ao aparecimento das primeiras cidades, da agricultura e da domesticação animal no Próximo Oriente.