É inegável que a amnésia política do povo brasileiro tem sido a maior responsável pela libertinagem dos políticos para quebrar promessas e desviar condutas. Rodrigo Constantino busca, em Estrela Cadente, desfazer a névoa do esquecimento popular e nos mostra os contrastes entre as promessas ufanistas e a triste realidade, à qual retornamos após a euforia de cada eleição, provando que políticos são negociantes de promessas e esperança; se chegarem numa encruzilhada, são capazes de seguir em todas as direções. O leitor ainda poderá constatar que o medo tinha razão e foi derrotado pelas últimas fichas da esperança de um povo aturdido e sem opções na arena política, onde reinam a corrupção, os escândalos e a incompetência, perpetuados pela simples causa que, nos regimes autoritários, é uma minoria corrupta que escolhe os governantes; na democracia, é a maioria incompetente