No século XX, a arte entrou de vez no campo das lutas políticas e sociais. O futurismo, o dadaísmo, o surrealismo e os situacionistas contribuíram em momentos críticos para as transformações sociais na cultura. Por meio de manifestos, performances, intervenções e imagens, as vanguardas históricas usaram de sua criatividade para produzir uma verdadeira máquina de guerra artística. Tributário dessa história, o coletivo Critical Art Ensemble (CAE) tem se destacado como um dos expoentes da arte-revolta contemporânea, que busca intervir na esfera pública com uma estética do distúrbio. Por mais de três décadas de existência, o CAE tem promovido sua micropolítica da criação com diversas antropotécnicas inovadoras: teatro recombinante, intervenções moleculares, plágio utópico, desobediência civil eletrônica, instalações e performances como formas de ativismo cultural. [...]