A ilusão do cinema pode ser mantida no diálogo filosófico? Não se quebra o encanto? A arte que pode emocionar, alegrar, distrair, ensinar, denunciar... quando posta sob o olhar que interroga perderia sua terceira dimensão? Segundo os autores, o cinema não se presta a ser mera ilustração de pensamentos. Ele é mais e está além de uma única interpretação, ou então seria pura propaganda ideológica. Logo, a magia não se quebra; ao contrário, se enriquece, pluraliza, expande o olhar ou o aprofunda. Como já disse Jean-Claude Bernardet, ¿a história do cinema é em grande parte a luta constante para manter ocultos os aspectos artificiais do cinema e para sustentar a impressão de realidade, e é também ¿o esforço constante para denunciar esse ocultamento e fazer aparecer quem fala.