A Cruz de Cristo!, exclamava o Papa João Paulo II na homilia de canonização de Edith Stein, no dia 11 de outubro de 1998. No seu constante florescimento, a cruz dá sempre novos frutos de salvação. Por isso, os crentes contemplam com confiança a cruz, encontrando no seu mistério de amor a valentia e o vigor para seguirem com fidelidade as pegadas de Cristo crucificado e ressuscitado. Foi assim que a mensagem da cruz entrou no coração de tantos homens e mulheres, transformando a sua existência. Um exemplo eloqüente dessa extraordinária renovação interior é a experiência espiritual de Edith Stein. Uma jovem em busca da verdade, graças à ação silen-ciosa da graça, chegou a ser santa e mártir: é Teresa Benedita da Cruz, que hoje, do Céu, nos repete a todos as palavras que marcaram a sua existência: Quanto a mim, livre-me Deus de gloriar-me senão na cruz de Jesus Cristo senhor nosso (cf. Gál 6, 14). [...] Muitos dos nossos contemporâneos quiseram silenciar a cruz, mas nada é mais eloqüente do que a cruz silenciada. A verdadeira mensagem da dor é uma lição de amor. O amor torna fecunda a dor e a dor torna profundo o amor.