O essencial deste livro é, certamente, a idéia de que muito mais valioso do que um caminho é o horizonte que nos mantém imantados; caminhos, afinal, são fáceis de construir; um sonho político e pedagógico é mais exigente e nem sempre conseguimos convencer outros a compreendê-lo. A freqüente ironia não é deboche ou presunção: é um elemento para sublinhar o desastre de certas práticas escolares. A presença dela mostra, também, que alguns caminhos óbvios e simples foram deixados de lado, substituídos por grandes estradas, construídas pelo senso comum e que não estão levando a lugar nenhum. O livro é dirigido especialmente aos educadores e às educadoras das escolas. Mas todos os que se interessam pelas questões da relação entre escola e sociedade são convidados à reflexão desencadeada por esta leitura.