Menino prodígio, exímio dançarino, dramaturgo genial, compositor, escritor e ator de talento, Noel Coward foi um fenômeno. Aos 32 anos, era o autor mais bem remunerado do planeta e, apesar de já ter falecido há 26 anos, seus textos e peças continuam a ser encenados em todo o mundo. Mas o sucesso de sua carreira não foi suficiente para Noel. Era um homem marcado pela derrocada financeira da família e não mediu esforços para fazê-la voltar ao status anterior, embora contratasse o pai para servir chá quando não havia criados disponíveis. Outro aspecto conflitante da vida de Coward era sua homossexualidade não-assumida. Para seus amigos íntimos, Noel revelava seu lado gay, mas esforçava-se para manter essa faceta escondida de seus fãs. A contradição entre o Noel privado, entretido com atores e soldados, e o Coward público, preocupado com a moral inglesa, é constante ao longo do livro, escrito por Philip Hoare com base em diários, cartas e peças inéditas e entrevistas com contemporâneos.