Resta-me o sonho literário, a Poesia, a cidade grisalha e transformada, que resfria seus fantasmas na Estação, assustados com o ritmo e as badalações, os automóveis e as mnotocicletas, os ruídos da vida urbana e o caos... Devorando o Bairro de Santo Onofre, o inacabado das construções de tijolo, incendiando a boemia dos bares, o azulado das telas do Canal Nove, mais "blue" que a terceira lua, "Blue Moon" na boca das nove namoradas... Que mesmo Zé Ripi dependurou a viola no varal, muda nas noites de agora, sem passado ou fortuitas madames pedindo um trago, um cigarro e um amor, que a pouco venceu o delito provado, o neón dos hotéis afastados...