Em um volume, reúnem-se todos os livros de Mário de Sá-Carneiro: Princípio (1912), Dispersão e A Confissão de Lúcio (1913), Céu em Fogo (1915), e Indícios de Oiro, datado de 1915, publicado postumamente em 1937 pela editora da revista Presença. Juntam-se às obras poemas e textos soltos, publicados dispersamente ou enviados em cartas a Fernando Pessoa. Dessa forma, o conjunto abrange a grande obra em verso e prosa de um autor capital do Modernismo português. Ficaram apenas os poemas de juventude, quando Sá-Carneiro ainda amadurecia, antes de se tornar, além de colaborador e interlocutor de Fernando Pessoa, ele mesmo um grande expoenete da literatura em língua portuguesa em todos os tempos. Na constelação modernista, a figura de Mário de Sá-Carneiro só não resplandece mais intensamente porque o brilho de Fernando Pessoa tende a ofuscar tudo à sua volta. [...] No entanto, ele é um polo de atração do modernismo e das vanguardas europeias [...]. António Guerreiro, Expresso