A estreia da autora de Parque das irmãs magníficas na Companhia das Letras. Um romance sobre amor, desejo, corpos rebeldes e novas configurações familiares. Uma atriz trans adota um menino de seis anos com seu marido, um advogado gay. O garoto traz consigo uma história trágica: soropositivo, não conheceu seu pai biológico, e sua mãe se suicidou quando descobriu que o contagiou com o vírus HIV. A partir deste enredo, a prosa inclassificável de Camila Sosa Villada nos conduz por uma espécie de sociologia da família, uma indagação comovente sobre os papéis que a compõem, sobretudo no que diz respeito às possibilidades do amor. Até que ponto é possível domesticar um corpo? Como conviver com as feridas do outro? O que fazer quando se cai nas garras das convenções, do socialmente respeitável? A literatura de Camila Sosa Villada -- "a coisa mais importante que li sobre sexualidade desde Jean Genet", anotou o autor francês Édouard Louis -- desafia de modo cabal nossas emoções. (...)