O livro Amores Amargos se caracteriza como um momento luminar na trajetória do poeta. A po(ética) do encontro transforma-se numa memorialidade que permite uma migração em direção ao Outro. As múltiplas elegias, enquanto espaço amoroso, constituem justamente um rito de espiritualização no qual se vislumbra uma cartografia lírica do afeto, da amizade e da afeição. Ao rememorar amorosamente diversas pessoas, o Eu lírico acaba por estabelecer um mosaico de laços apaixonados sob diferentes formas de amar.